Pesquisa do Instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) mostra que a rejeição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cresceu mais entre os eleitores que vivem nas periferias das grandes cidades do que em outros segmentos da população brasileira.
De acordo com o Ipec, a rejeição de Bolsonaro nessa
camada da população subiu 14 pontos percentuais entre fevereiro e junho —de 53%
para 67%. A alta é mais que o dobro da registrada no eleitorado em geral, que
foi de seis pontos no mesmo período (de 56% para 62%).
A queda abrupta de popularidade ameaça reverter os
resultados obtidos por Bolsonaro em cidades importantes na eleição de 2018. No
segundo turno, o presidente derrotou Fernando Haddad em toda a Região Metropolitana
do Rio de Janeiro —redutos consolidados como petista em eleições anteriores.
Exemplo é a Baixada Fluminense, que obteve mais de 60%
dos votos. O presidente também teve desempenhos importantes em capitais
nordestinas, tendo vencido em Maceió, Natal e João Pessoa, por exemplo.
O aumento na rejeição de Bolsonaro também se reflete
especialmente entre evangélicos, eleitores que ganham até 1 salário mínimo, que
têm de cinco a oito anos de escolaridade, assim como os na faixa entre ... - 25
e 34 anos. Esse público engloba justamente o perfil do trabalhador com baixa
escolaridade das periferias das grandes cidades, afetado pela crise econômica
agravada pela pandemia de covid-19.
A última pesquisa Ipec mostra o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) com 49% das intenções de voto, mais que o dobro de
Bolsonaro, que aparece com 23%. Ciro Gomes (PDT) marca 7%, João Doria (PSDB)
foi lembrado por 5% dos eleitores, enquanto o ex-ministro da Saúde Luiz
Henrique Mandetta (DEM) aparece com 3%.
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