Antes de partir para o propriamente dito, ou não, é necessário fazer um assentamento (nunca acreditei na narrativa do "golpe". O impeachment de 2016 sem dúvida teve um embasamento claro e apoio forte da sociedade. Porém, Dilma caiu por muito menos fatores do que esse governo pratica). Portanto, impeachment do Jair é uma questão de imperiosidade moral, ele tem zero condições de presidir o país.
Parece que um caminho está se delineando, tudo por conta da
decisão da procuradora Luciana Loureiro que abriu investigação criminal para
apurar possível corrupção do governo na compra da vacina indiana Covaxin com sobre
preço de 1000%, após tomar depoimento de um funcionário público responsável pelo
contrato.
O contrato foi firmado pela gestão do general Eduardo
Pazuello no Ministério da Saúde com um atravessador enrolado em escândalos de
corrupção no governo. O servidor Luís Ricardo Fernandes Miranda admitiu pressão fora do normal para que o governo
fechasse a operação.
Está aí um imbróglio que arrastará Bolsonaro para dentro de
uma crise sem precedente. Uma canetada da procuradora,levará o caso ao gabinete
de Augusto Aras na PGR. De tão grave, não haverá como Aras resistir à pressão
de boa parte dos subprocuradores para levar adiante. Enquanto a investigação
seguir no gabinete da procuradora, a coisa não preocupará o palácio.
O mais grave, como apurou o site O Antagonista, o deputado
federal Luís Miranda, do DEM do Distrito Federal, teria alertado sobre
irregularidades no contrato. Miranda é irmão do funcionário que alega ter
sofrido pressão para fechar o contrato entre o Ministério da Saúde e a Precisa
Medicamentos. De acordo com o deputado, ele esteve pelo menos duas vezes com o
presidente da república, nos dias 29 e 30 de janeiro.
O contrato do Ministério da Saúde com a Precisa
Medicamentos, representante do laboratório indiano responsável pela fabricação
da Covaxin no Brasil, é alvo de investigação no Ministério Público Federal e
está na mira da CPI da Covid.
Miranda chegou a pedir a Bolsonaro que intermediasse a
situação do irmão, que foi exonerado e depois renomeado. O deputado também
teria levado o caso ao ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e
à Polícia Federal.
Nos últimos dias, Luís Miranda tem procurado senadores
da CPI da Covid para relatar “a pressão excessiva” que seu
irmão, Luís Ricardo Fernandes Miranda, servidor do Ministério da Saúde,
estaria sofrendo.
Pelo jeito, a CPI encontrou uma importante ponta solta nesse novelo. Siga o dinheiro, siga o DIN DIN.
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