O novo secretário de Infraestrutura e Obras do estado, Max Lemos, nessa quarta-feira (07), esteve discutindo investimento para a região de Cabo Frio. Nada demais para um secretário, na verdade, faz parte de sua função. O que parece estranho é o interlocutor escolhido para tratar do tema.
Max Lemos foi recebido pelo vereador de Cabo Frio,
Vanderson Bento, que no ano passado fora preso pelo Ministério Público por
desviar dinheiro da Assembleia Legislativa (Alerj) com esquema de “rachadinha”.
De acordo com o MPRJ, a prisão do ex-deputado estadual Silas
Bento, e seu filho, o agora vereador por Cabo Frio, Vanderson Bento, foi durante a operação intitulada “In Nomine
Patris”, que de acordo com a denúncia, Silas implementara um esquema de
“rachadinha” em seu gabinete contando com a participação da funcionária Taissa
Saldanha Alves, que repassava parte dos valores que recebia a Vanderson.
Ainda segundo a denúncia, Silas nomeou Taissa em janeiro de
2017 com a condição de que a funcionária não precisaria comparecer ao seu
gabinete e repassaria ao deputado mensalmente, por meio de Vanderson, R$ 10 mil
de um salário aproximado de R$ 11 mil. Durante os meses em que esteve nomeada
como assessora parlamentar, de janeiro de 2017 a novembro de 2018, Taissa
desviou, em proveito próprio e dos outros dois denunciados, dinheiro público
consistente em sua remuneração recebida pela Alerj, causando, em consequência
de sua conduta, um prejuízo ao erário de R$ 249.840,12.
Os três foram denunciados por organização criminosa e
peculato. Já Silas foi denunciado também por lavagem de dinheiro e extorsão.
Num estado tomado pela corrupção, com a experiência de três
ex-governadores presos e um impedido, assuntos como investimentos deveriam ser
tratado com pessoas claramente idôneas, em respeito ao cidadão pagador de
impostos. Uma foto pode dizer nada, enquanto outras podem gritar.
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