ARTIGO
Há dois fatores que valem a pena tratar neste momento de total efervescência política no país, inclusive com ameaça de golpe militar.
O primeiro é
que é legítimo manifestar-se contra ou a favor do voto impresso. O que não é
razoável é colocar a frágil democracia brasileira nas cordas, como se ainda
fossemos uma republiqueta de bananas. Não cabe aos militares a última palavra,
mas ao Congresso.
O fato de a
urna eletrônica ainda causar desconforto, embora nunca tenha se comprovado de
fato alguma fraude, tornou-se a nova Cloroquina ou a cura para todos os males.
Mais um discurso enfadonho de um presidente que se apoia numa gelatina para
evitar o impeachment.
O medo de
Bolsonaro de não se reeleger, somado a generais saudosistas e um empurrãozinho
do Supremo que lavou, passou e secou a ficha suja de Lula fez o presidente
envelhecer dez anos em dois.
O segundo
fator é que dia após dias ele se orgulha de ser uma fraude eleitoral (afinal
ele já disse que é do Centrão), e ao se ajoelhar a esse aglomerado de partidos
cuja finalidade sempre foi arrancar nacos de benefícios, rendeu-se à semelhança
de um “pato manco”; preside, mas não tem poder. Aos poucos o Centrão foi
esvaziando a caneta de Bolsonaro, e expulsando a vergonhosa ala militar.
Mas esses
militares não estão sozinhos, há muito mais gente que apertou o 17 e continuam a fazer vergonha com seus silêncios obsequiosos. Que o diga empresários, agentes do mercado financeiro,
industriais.
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