No último dia 26 julho foi comemorado o Dia dos Avós, uma referência à comemoração do dia de Santa Ana e São Joaquim, que segundo a tradição da Igreja Católica seriam os pais de Maria, logo, avós de Jesus. Já foi tempo em que ser avô (ó) era sinônimo crochê e agulhas. A revolução na medicina, acesso às academias, cosméticos. Com as seguidas crises sociais e econômicas, esse grupo já se tornou também um dos principais provedores dentro de uma família.
É evidente que diuturnamente o tecido social brasileiro é
rasgado, às vezes com requintes de crueldades. Quem não se lembra da frase do
vice Mourão afirmando que “famílias pobres compostas apenas pela ‘mãe e a avó’
são ‘fábricas de desajustados.’”
Não soa apenas como uma frase infeliz, na verdade, o que há
é um rompante preconceituoso externado em sua essência. Como se ser pobre num
país, onde a desigualdade é a tônica, fossem determinismo esses “desajustados”.
Enquanto isso vemos os investimentos em programas sociais se deteriorarem. Faltam imprementar, de fato, leis de incetivos.
Esse texto foi escrito logo após a conquista da medalha de
bronze no salto com vara por Tiago Braz, criado pelos avós. Mas se não bastasse,
Rebeca Andrade também criada pela mãe com outros sete filhos, conquistou um
ouro e uma prata; o que dizer de Alison Santos, o Piu, criado pelos avós, e
medalhista de bronze.
Vale lembrar que a skatista Rayssa Leal, medalhista de
prata, e a própria Rebeca são oriundas de programas sociais. Vale citar a
máxima o talento é universal, mas a oportunidade não é para todos. Portanto, esses resultados
mostram também que investir em programas sociais é benéfico.
Pelo discorrido, chega-se à conclusão de que a fala do vice
Mourão deveria ter sido não às famílias formadas por avós e mães solteiras,
mas por filhos que são criados por mãe e
pai que uns praticam rachadinhas, outros espalham fake News, e outro que nem sair
do armário lhe é permitido.
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