segunda-feira, 8 de junho de 2020

Inquérito da suposta interferência na PF avança


 O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, decidiu prorrogar por 30 dias o inquérito que apura as  denúncias do ex-ministro Sergio Moro a respeito da suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. O procurador-geral da República, Augusto Aras, manifestou-se favoravelmente  à corte quanto ao pedido da Polícia Federal.

“O procurador-geral da República, no uso de sua atribuição constitucional de 'dominus litis', manifesta-se pelo deferimento do requerimento formulado pela Autoridade Policial, de modo a serem cumpridas as 'diversas diligências de polícia judiciárias já determinadas pelas autoridades policiais que atuam na presente investigação criminal' para a conclusão do inquérito”, determinou.

Há uma semana ministro Celso pedira para que a Procuradoria-Geral da República se manifestasse sobre a solicitação feita pela delegada Christiane Correa Machado para a prorrogação de 30 dias para conclusão da investigação criminal que investiga denúncias contra o presidente Jair Bolsonaro. 

Relembre

Ao anunciar sua saída do governo, em 24 de abril, Moro havia dito que Bolsonaro tentara interferir politicamente no trabalho da Polícia Federal. O pedido de abertura do inquérito foi encaminhado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. Decano do STF, Celso de Mello fora sorteado relator do inquérito.

No dia 22, ministro Celso de Mello autorizou a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, cuja gravação foi apontada pelo ex-ministro Sergio Moro como prova na investigação de suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.


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