É surreal, apenas para fazer uso de um vocábulo muito atual. O Brasil está imerso numa enorme poça de leite condensado e alfafa. Uma pandemia agravada pelo presidente, que só se deu conta da gravidade porque se viu superado em popularidade pelo governador João Doria.
Tanto faz se a compra por 1 milhão e meio em leite condensado é lícita, para onde vai e o que vão fazer sorvete ou chocolate para o Zero Um vender na sua fantástica fábrica de chocolate da Barra. A pergunta é: tem sentido aumentar esses gastos em 20% quando falta verba para rastrear mutação do coronavírus em tempo real?
Bolsonaro é propagador do caos. Fora do caos não há esperança,
nem governo. Há um paradoxo que essa
administração vai conviver até o final, caso chegue ao final. Um dos grupos mais
resilientes de apoio a Bolsonaro está fazendo água. Mais de 300 pastores e
padres redigiram e impetraram na Câmara mais um pedido de impeachment, dormita
mais de 60 na gaveta de Rodrigo Maia.
O despertar do negacionista se deu não porque há
brasileiros morrendo aos borbotões, mas porque “o calcinha apertada” é apontado por 46% da população como o responsável pela vacina no Brasil. Bem à frente dos
28% que acreditam ser o presidente como principal responsável.
Exposto, humilha-se para a China que sempre desdenhou. Acanalha-se
para a índia. Tudo por conta da falta de apoio do Brasil à quebra de patentes
das futuras descobertas pelos laboratórios para ajudar os países mais pobres. O
Brasil preferiu ficar ao lado dos Estados Unidos e outros países desenvolvidos.
Triste para uma chancelaria que até antes de Bolsonaro
subir ao poder era vista como de excelência. Agora, com a saída de Trump, os
Bolsonaro perderam suas maiores diversões: distribuir o pão que o asmodeu amassou, mas sem leite condensado para os brasileiros.
Falta pouco, vai passar.
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